Era uma vez Alice. Não, não, escrevendo assim parece que Alice já morreu:
Era uma vez Alice, como se antes mesmo da história começar a pobre Alice já era.
Vamos tentar de novo.
Alice é (e não “era") uma garota de olhos claros e cabelos loiro. Uma beleza angelical sentada sobre um temperamento agitado (para não dizer coisa pior).
Licinha (para os íntimos) já teve 7 namorados, mas só se apaixonou realmente por 55. Ela é do tipo que se apaixona fácil, como vocês podem ver, bastava alguém dizer como ela era bonita para Alice já começar a romantizar.
Apesar de ser muito facilmente nocauteada pela paixão, Alice se recuperava rapidamente da queda e logo estava pronta para ser nocauteada mais uma vez.
Certo dia Alice acordou e se percebeu com 30 anos. Ela estava ficando velha, precisava encontrar seu príncipe antes de seu relógio biológio bater meia-noite, caso contrário tudo viraria purê de abóbora.
Com um olhar decidido Alice foi passear no mesmo parque onde conheceu seu namorado número 3, seu preferido. Ingênua ela pensava que o parque lhe traria boa sorte.
Depois de uma longa caminhada em busca do futuro pai de seus filhos Alice sentou perto do lago, cabisbaixa, decepcionada, com raiva do parque por não lhe entregar o homem perfeito embrulhado para presente.
Ela já estava quase conformada com a idéia de ter purê de abóbora para o jantar quando em seu colo pulou um sapo.
Depois de um grito histérico e alguns pulos, Alice se lembrou daquele conto-de-fadas onde o sapo vira um príncipe.
Desesperada como estava ela resolver arriscar, mal não iria fazer, pensava (a probrezinha tinha perdido a aula de Ciências onde a professora ensinou que alguns sapos são venenosos).
Por sorte esse não era, e até que o beijinho gelado não tinha sido tão ruim. E como sempre desejou ter um cachorrinho, mas não suportava limpar o sofá sujo de xixi canino, Alice decidiu levar o sapinho para casa.
Naquela pele verde e gosmenta ela havia encontrado um companheiro. Quem diria.
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